Aviso: Alteramos a página inicial para mostrar os novos contos que foram aprovados, não deixe de enviar seu conto.

DONZELA CRISTINA

O navio da família Ferres cruzava os mares há dois anos. Era uma embarcação média, que ia do Reino da Espanha para as novas terra na América. Iam dentro, fora os marinheiros de prache para fazer o barco funcionar, Dom Luis Ferres e sua filha, donzela Cristina. Dom Luis ia às terras novas a mando do Rei e levava consigo grande tesouro, guardado mais pelo segredo que por guardas. donzela Cristina era bela, nariz afilado, longos cabelos negros cacheados, seios fartos já aos 19 anos, como boa espanhola que era então. A viagem já durara 8 meses a a donzela ainda não havia deixado seus aposentos, a não ser dois dias depois da partida para despedir-se da última visão de terra que teria em meses. Tomava longos banhos na tina que trouxera junto com galões e galões de água para manter-se limpa. Os marinhieros viviam a cochichar sobre ela e sobre seus desejos escondidos pela donzela.



Ocorreu que numa das tardes da viagem, a meio caminho da Europa e da América, sem ter para onde pedir socorro, o barco de Dom Luís foi abordado por piratas numa embarcação de maior peso e potência de fogo. Tudo passou-se rápido. Depois da primeira salva de tiros os piratas saltaram à pequena embarcação aos gritos e em questão de poucos minutos havia sido dizimada a tripulação. Sobravam ratos, poucos marinheiros que se esconderam e no quarto da donzela estavam, aterrorizadas, a prápria e a ama que lhe cuidava.



Depois de procurarem todos os porões e estarem já indo embora, um dos piratas decidiu verificar os aposentos e encontrou as duas amoadas em um canto. A ama brandindo uma espada velha como quem segura algo vivo. O marujo gritou aos outros mas antes mesmo que eles chegassem, trespassou a ama gorda no peito, cobrindo de sangue o chão e a moça que se protegia atrás da empregada.



A donzela tentou ainda algum movimento, mas com um braço apenas, treinado pelo trabalho cotidiano de marujo, o pirata tolheu-lhe o movimento e tirou-a do chão como quem carrega um saco de batatas. Quando chegaram os comparsas, sacudiu a menina como um troféu e todos riram-se, pois sabiam que haveria diversão por tempos no seu barco e voltaram alegres a bordo, depois de tocar fogo no barco do falecido Dom Luis Ferres.



O barco pirata era muito maior do que a donzela jamais havia visto, mas era sujo, o convés sá era limpo do sangue de eventuais batalhas, mas ratos mortos e um sebo antigo cobriam todo o assoalho. Os piratas eram na sua maioria homemzarrões, musculosos, que vestiam roupas que há anos tinham pertencido à nobres e agora, sujas e rasgadas, cobriam os corpos de seus assassinos. A pele desses homens, além de bronzeadas pelo sol da labuta, era coberta de manchas esparsas de um negrume não identificável, como sujeira antiga que pega na pele feito tatuagem. Os cabelos, em geral cobertos com lenços eram sujos e compridos e todos aqueles piratas, sem exceção, fediam a suor de muitos anos.



Lá, todos festejaram a vitária e o ouro e a donzela foi amarrada ao mastro central à espera do capitão. E ele veio, trajava roupas nobres também, mas essas mais bem cuidadas que as dos marujos, um grande chapéu e sustentava bigodes como os nobres franceses. Falou muito, felicitou-os pela vitária e prometeu que o dinheiro seria a porta para comprarem a terra que procuravam. Quando ia-se embora, perguntaram-lhe que fim dar na donzela. Ele a olhou de cima a baixo, com desdém e disse: DIVIRTAM-SE! No que houve grande festa.



O primeiro a adiantar-se e valer-se de autoridade foi o imediato. Um homem aparentemente louro, de olhos pequenos, muito pequeno porém musculoso. Ela, amarrada ao mastro chorava constantemente. Ele, vendo as lágrimas riu-se dela e encheu a mão diretamente nas virilhas da moça, indo até a vagina e afundando o polegar o máximo que pode. Depois, correu pelo seu corpo, como que para senti-lo e levou a mão para o rosto dela e tentou colocar o mesmo polegar dentro da boca delicada da donzela, que respondeu com uma mordida. Ele, acostumado a dor, nada gemeu. Olhou em volta, para os mais de 20 homens que assistiam sedentos a cena e com a outra mão desferiu um tapa tão forte na cara que dois dentes dela soltaram-se junto com o dedo preso. Com as mãos fortes rasgou a roupa e deixou-a seminua no convés. Sem pensar, sem mais delongas, tirou as calças e penetrou a donzela, até então donzela, com toda a força, numa única estocada penetrante até o fundo. Como empurrava a cabeça da donzela para baixo ela ficou com o rosto atolado nos músculos peitorais do imediato e sufocava com o cheiro quase táxico de sujeira. O choro dela era abafado pelos homens que em volta gritavam e masturbavam-se frente à cena, esperando sua vez de usar o prêmio merecido pelo saque. O imediato ia cada vez mais rápido e cada vez mais com força machucando-a toda e empurrando com mais força a cabeça da donzela contra o peito. Cada estocada era como uma facada, um novo rebentar de músculos e paredes internas ocorria. E a cada novo gemido da donzela, o imediato aumentava a força e a velocidade. A certa altura ela dobrava a cada investida, pressionada por baixo e por cima pelo braço forte do imediato. De modo que quando ele gozou dentro dela, a donzela estava totalmente embriagada e zonza, de dor, de medo e pelos cheiros. O imediato deu um gole no vinho, mais um tapa, por pura diversão, que cortou o rosto delicado da menina e jogou vinho sobre ela e com cuidado lavou a sujeira que tinha feito. O vinho, ao tocar as feridas, no rosto, no corpo e na vagina, ardia como fogo e ela chorava mais. Virou-se aos marujos: BEBAM A VONTADE HOMENS! ESTà LIMPINHA DE NOVO!



Nisso, ao menos quinze homens, todos maiores, mais sujos e peludos que o imediato atiraram-se a ela como cães à caça. Ela foi dessamarada como que de repente, mas não despencou pois mãos, barbas e pênis por todos os lados atacaram seu corpo, suas mãos, seu ânus, sua vagina, sua boca eram preenchidos sem cessar e ela não tinha sequer reação física possível, ainda que lutasse com toda a força, era subjugada sem esforço. O cheiro era nojento. As barbas raspavam-lhe a pele como mil pequenas agulhas e a dor, aos poucos sumira para dar lugar a um incomodo constante e crescente pois já mais de três homens a penetravam de uma vez e sua boca se enchia de quando em quando do gozo de um, apenas para dar lugar a um outro, que lhe encheria a boca também, com um líquido nojento que lhe provocaria tosse se pudesse tussir. Seus cabelos iam a ponto de descolarem do couro, tanto que eram puxados. A certa altura, foi deitada ao chão sobre uma garrafa quebrada, que cortou as suas costas, mesmo percebendo isso, os homens, famintos, não cessaram. De quando em quando ela sentia uma mordida arrancando parte da carne. Isso durou algumas horas, ao ar livre do mar, sob uma fina garoa fina de fim de tarde. Os que se cansavam, ficavam ao lado e lhe gozavam no rosto, quando acertavam a mira. Sentia-se toda quente, pois era penetrada incessantemente, distinguia a sensação do pênis lhe rasgando o ânus mas estava já anestesiada para a dor, tantos eram os tipos e intensidades que sofria concomitantemente. Quando todos os homens exaustos foram saindo, recolheram-se aos seus afazeres e gargalhavam, satisfeitos pelo presente que a muito não tinham. Largaram no convés um pequeno trapo. O sangue vertia por todos os buracos do corpo e por novos que haviam sido feitos a dentadas e murros. Os dentes da donzela jaziam ao chão, por exceção de dois que sobreviveram aos ataques. O cabelo, em parte, de fato fora arrancado e os olhos estavam inchados demais para que ela pudesse ver qualquer coisa. Sentia apenas que escurecera, ou era ela que escurecia. Sentiu mãos grandes pegarem seu corpo e foi jogada às costas de um marujo.



- Onde eu a levo.

- Jogue no depásito. – era a voz do imediato – Ela é forte, não vai morrer antes de mais uma festinha. Mais tarde, voltaremos a ela.



Riram-se e ela desmaiou nos ombros do marujo.