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A ORIGEM DE TUDO (OU O COMEÇO DO FIM)

Lembro-me que até meus 19 anos, acreditava em Papai Noel. Foi triste descobrir que ele não existia ao encontrar o canhoto do cartão de crédito com a compra do meu brinquedo de Natal. Não sei se foi a tristeza deste momento que permitiu a aproximação dela. O fato é que, aos doze anos, menstruei pela primeira vez e meu corpo começou a reagir rapidamente à ação dos hormônios. Creio que foi aí que ela se instalou de vez, como um alienígena que vai dominando o nosso corpo sem que saibamos.

Uma noite, meus pais foram a um dos muitos jantares comemorativos dos quais eles sempre participam. Minha irmã mais velha tinha algo em torno dos 19 anos e ficou tomando conta de minha irmãzinha mais nova, a Ju, então com 9 anos. Na hora de dormir, pedi para dormir na cama de meus pais, pois é uma cama grande, confortável... Mas era ela que estava planejando algo. Tanto que liguei o ar condicionado e fui dormir mas não conseguia pegar no sono. Era ela, claro... Liguei o dvd e procurei um filme ou desenho para assistir. Encontrei um com várias letras “X” e fiquei curiosa em ver. Coloquei o dvd no aparelho e deitei. A primeira imagem que apareceu, nunca me esqueço, era de uma loira linda sendo beijada nos seios. Aquela imagem me hipnotizou. A loira deslizava pelo corpo do cara e, embaixo, abria a calça dele e colocava pra fora uma coisa grande, roliça, de cabeça arroxeada. Eu fiquei impressionada. Nunca tinha visto nada igual. E nem sabia o que era aquilo. Mas a loira sabia e começou a chupar aquela coisa enorme. Eu, bem lá no fundo, comecei a perceber que aquilo não era coisa para minha idade. Mas não consegui desgrudar os olhos da tv. A situação ficou ainda pior quando a loira enfiou aquela coisa carnuda em sua boceta. Eu tinha uma tb. Então aquela coisa do garoto era pra chupar e enfiar na boceta? Eu me lembro que sorri. Mas já não era bem o meu sorriso. Era o sorriso dela. Sem perceber, estava deitada de bruços, me esfregando na cama. E minha xoxota começou a ficar muito molhada. Os bicos de meus seios quase furavam a camisola. A loira enfiou aquela coisa toda no cu! Eu tb tinha um cu! Então aquela coisa enorme tb entrava no cu. O cara enfiava, tirava, enfiava, tirava, enfiava... A loira se contorcia e gemia. Eu me contorcia e gemia tb. Sentia um calor enorme pelo corpo. E pensava: “Pela cara dela, isso dái... mas deve ser muito bom...” Senti que minha xoxota estava inchada, molhada, e queria esfregar mais e mais ela na cama. A loira voltou a chupar aquela coisa e aí um monte de leite voou na cara dela e na boca e ela bebia e ria. E eu fiquei impressionada. Leite? Aquilo jorrava leite? E todo homem tinha???? Aquilo era o tal “pinto” de que falavam???? Não consegui pensar mais: entrou outra cena. Agora era a morena. Ela tb mamou, enfiou aqui, enfiou ali... E mais leite. E depois outra, depois outra, depois outra... Mulheres diferentes, pintos diferentes... E eu continuava quente, me esfregando. Sentia estranhas dores, gemia, mas nada acontecia, aquilo foi me sufocando, me sentindo estranha. Hoje sei que era ela se apoderando de mim. Mas faltava algo para que a incorporação fosse completa. E neste momento minha irmã mais velha entrou no quarto. Desliguei o dvd mas não adiantou. Primeiro, ela me deu uma bronca. Depois ficou olhando para mim. Acho que meu estado físico era algo lastimável pq a expressão de minha irmã era de espanto. Então minha irmã religou o dvd. E começou a me explicar o que era aquilo. Tudo aquilo. Falava os nomes certos e os “errados”. Me dizia dos prazeres daquilo e dos perigos de tudo o que eu aprendia sobre sexo, naquele momento. Então, numa última manifestação de minha inocência, eu falei que percebi que aquilo não era uma coisa boa pq estava me sentindo mal. Minha irmã sorriu. Perguntou o que eu sentia e falei. Ela, então, se recostou à cabeceira da cama e mandou eu me sentar entre as pernas dela, como se ela fosse uma poltrona. Me sentei usando minha irmã como encosto. Ficamos vendo o filme. Meus seios voltaram a inchar. Minha xota tb. E molhada. Minha irmã mandou eu tirar a camisola e a calcinha. Continuou sentada atrás de mim e segurou minha mão esquerda, me fazendo alisar meus mamilos. Aquilo me estremeceu o corpo todo. Minha irmã dizia coisas como “relaxa”, “não tenha medo”, etc. Depois, ela pegou minha mão direita e me fez alisar minha xota. Quando meus dedos passaram por ela, percebi o quanto estava molhada. E aí, um choque percorreu meu corpo. Um gemido saiu do fundo de minha boca. Ela, enfim, havia tomado conta de vez da minha vida, do meu ser. Abri minhas pernas como se elas fossem se partir no meio e comecei a gemer feito uma descontrolada. Minha irmã esfregava minha mão em minha xota, até que eu levei as duas mãos aos cabelos dela e disse “vou morrer”. Ela sorriu e colocou a prápria mão dela em minha xota, e começou a me alisar, até tocar meu grelo. Então, meu ar acabou. A cabeça rodou. O corpo aqueceu ainda mais. Algo explodiu na minha xota. Eu senti que tudo explodia. Dei um grito seco, que foi se apagando, apagando enquanto meu corpo se tremia todo. Juro que desmaiei. Minha irmã disse que ainda falou comigo: “que bom, May, vc gozou”. Não era com Mayara que ela falava. Ali não estava Mayara. Mayara era uma menina inocente, afável, estudiosa, amiga, carinhosa e tantos outros adjetivos positivos. Mas aquela criatura ali, toda melada, não era ela. Aquela garota era sexy, era perversa, era safada. De manhã, quando ela acordou, se masturbou de novo. Dessa vez no banheiro, descobrindo as maravilhas do chuveirinho íntimo. Nos dias que se seguiram, ela se masturbava direto, sempre descobrindo novas formas de gozar. Até o ursinho de pelúcia passou a ser seu amante. O primeiro pau foi de um primo, que ela chupou até ver o leite que tanto queria. Depois, de vários primos de uma vez. Quando estava com 19 anos, ela, transpirando sensualidade, enfeitiçou um amigo do pai de Mayara. E, pela primeira vez, foi possuída. Por trás. Ainda continua virgem, mas não pq ela quer. É pq Mayara ainda consegue controlar este último instinto e, por isso, se submete a estranhos e cada vez mais perigosos caprichos sexuais.

Os acontecimentos, cada vez mais estranhos, se sucediam. Mayara confiava na irmã, mas a outra, não. Mesmo pq minha irmã mais velha começou a estudar cada vez mais, e tinha pouco tempo para mim. Ela já havia feito a parte dela. Mas deixou Mayara nas garras da outra. Então o jeito era escrever, como um desabafo. Que nome usar? Foi quando uma canção popular trouxe a resposta. Me lembro do refrão, que dizia assim:



Não era isso que você queria?

Então assista o meu show

É a garota suburbana

Que agora faz o show

Nunca mais vai me fazer chorar



Aquele apelido não saiu mais da cabeça de Mayara. Tinha tudo a ver! Enfim, a entidade se manifestava, tinha uma identidade: Garota Suburbana. O práprio nome é provocante, pornográfico... Uma invocação da luxúria e do prazer.

As duas convivem.

Garota Suburbana vive.

Mayara sobrevive.