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FUDENDO NO SHOPPING

Sai pra fazer umas comprinhas num shopping aqui de Goiânia, quando encontro um casal de colegas de trabalho, Gadelha e Soninha. São recém ingressos na repartição e me encarreguei de ensinar o trabalho pra Soninha, que foi trabalhar na minha Seção. Eles se conheceram durante o curso de formação, namoraram, noivaram e tão logo foram nomeados casaram. Enfim, de nomeados têm menos de um ano. São bem novinhos, ela deve ter uns vinte e cinco e ele, um pouco mais velho, talvez trinta. Fizemos amizade e como sou separado aconteceram algumas saídas juntos, os três. Nem imaginava que um dia fôssemos transar os três. Afinal, tenho cinquenta anos de idade.

Fiz de conta que não os tinha visto, porque não tava mesmo a fim de sair, mas não deu pra fugir e ela veio correndo em minha direção e chamou-me pelo nome. Não pude fugir mesmo. Gadelha veio em seguida juntar-se também e dali fomos tomar um suco, pois já ia mesmo, e eles aproveitaram e tomaram três chopes cada um. Disseram que vieram apenas comprar uma roupa de banho pra ela, que estavam indo para a chácara do pai dele, que fica há cinco quilômetros. Fizeram o convite e como já conhecia o lugar e era de fato muito bonito e gostoso pra passar o dia aceitei o convite. Vida de solteiro tem essas vantagens. Fomos e levamos carne para um churrasco. Nos divertíamos e vez ou outra caiamos na piscina. Eu usava uma sunga que comprei no shopping mesmo e ela uma tanguinha que mal cobria a testinha da xoxota.

Não havia ninguém na propriedade para nos atrapalhar. O caseiro havia ido ao centro fazer umas compras e passaria o dia pra la. O Gadelha ficou de cozinheiro fazendo o churrasco. Poucas vezes vinha até a piscina mergulhar. às vezes ficávamos os três nas mesinhas na área, perto da churrasqueira para não deixar o anfitrião sozinho e logo estávamos, eu e Sonia, na piscina. Ela parece uma patinha pra gostar de água.

Depois de muitas doses de caipirinha e inúmeras cervejas ela tava bem soltinha e ria a toa com tudo que eu falava. Comecei a falar coisas mais picantes, tipo, que eles deviam transar muito pois eram muito jovem e deviam ter muita energia a queimar. Ela me confidenciou que ela tinha essa energia, mas o Gadelha nem tanto. Disse que tinha dia que ele se virava pro lado e roncava e ela ficava se satisfazendo com a mão. Falou que já estava preocupada, pois agora que ele era tão jovem já estava assim, imagina daqui a cinco ou dez anos. Ela ia ter que arranjar outro pra somar.

Eu disse que ela não tinha coragem de fazer isso porque ele era muito bom pra ela. – que nada. Tenho coragem e vontade também. Sabe, Marcelo, casei virgem, tem sete meses que estamos casados. Penso muito em conhecer outra PICA. Falou isso e deu um suspiro bem comprido.

Você tem mesmo coragem de fazer isso. Tenho sim. Por que não. E se fosse um cara assim como eu, que tem praticamente o dobro da sua idade, mas tem muita experiência. Ela veio perto de mim e disso. Não sá tenho coragem como tenho vontade. Riu e saiu da piscina, indo de encontro ao marido e dando um beijo, olhando de rabo de olho pra mim, que havia seguido seus passos.